Uma estória!...
Era uma vez, não se sabe bem há quanto tempo, num reino muito, muito distante uma bela princesa. Pimpolho, era um dos nomes pelo qual era conhecida em pequena, tinha os olhos da cor das copas das árvores, das folhas das rosas e da relva das vastas planicies. Como criança que era vivia enamorada pela natureza que a rodeava, adorava passear pelos jardins do seu castelo, cheirar os amores-perfeitos, e brincar com todos os animais, apesar do seu preferido ser um pequeno golfinho que gostava de observar a saltar no mar. Era, também, capaz de ficar horas a ver os passarinhos fazerem os seus ninhos e tratarem das suas crias. A Natureza fazia-a sentir-se em paz consigo e com os outros, glorificando e adorando Deus enquanto passeava na Sua perfeita Criação. Nesses passeios de criança, Rita gostava de levar sempre algumas coisas com ela, mas o que ela mais gostava de ter nos seus passeios era um pequeno ursinho de peluche.
No entanto, o tempo foi passando e a princesa foi crescendo tornando-se, rapidamente, numa jovem rapariga. Eram vários os pretendentes que vinham cortejar a sucessora do trono. Contudo, num belo dia de sol e sem nuvens no horizonte, estando a iniciar-se a primavera, quando a princesa dava um dos seus passeios ao local onde se sentia em paz com o mundo, um belo príncipe, montado no seu cavalo passou por ela, deixando cair um livro do seu alforge. Ela olhou para o título “O Diário da Nossa Paixão”. Agarrou o livro e levantou-se para o entregar ao jovem príncipe. Foi nesse instante, em que os seus olhos se cruzaram, que a jovem princesa sabia que o seu coração tinha encontrado o seu dono, para o qual ficaria para sempre prisioneira. Aquela presença diante dela indicava-lhe que era ele o príncipe da sua vida, aquele por quem havia esperado.
Os jovens nunca mais se separaram e foi num dia 7 que eles se casaram unindo para sempre os seus corações. A partir dessa altura as suas vidas conheceram muitos momentos distintos. Alguns mais fáceis de suportar e repletos de alegrias outros com mais adversidades e espinhos, contudo, os jovens príncipes foram descobrindo que se caminhassem sempre de mãos dadas os momentos felizes eram mais saborosos e prolongados e os momentos tortuosos eram mais facilmente ultrapassados. Um dia, já muito velhinhos, olhando para os filhos e netos que tinham criado e educado o jovem príncipe aproximou-se do ouvido da sua princesa e sussurrou-lhe: ainda bem que encontrei a pessoa que tinha a peça que completa e dá sentido à minha vida!